Review – Mortal Kombat


Hoje eu trago uma review de Mortal Kombat, um verdadeiro clássico dos fliperamas, e eterno rival de Street Fighter 2, bora ler e relembrar este jogo inesquecível.  Como diria a narrador do Mortal. Fight! Aposto que você leu isso com a voz dele.

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Mortal Kombat, um rival para Street Fighter 2.

No começo da década de 90, a melhor coisa disponível quando se falava de games, era o Arcade (vulgo fliperama), os Arcades da época eram dominados pelos jogos de luta, o mais famoso e melhor de todos era sem duvida o Street Fighter 2.

Em 1992 a Midway lançava Mortal Kombat, criação de Ed Boon e John Tobias, Mortal Kombat foi o jogo de luta que mais perto chegou de conseguir acabar com a festa de Street Fighter 2. Um ano depois a Aklaim, lançou o jogo para o Super Nintendo e para o Mega Drive os dois melhores consoles da época.

A versão console do jogo era extremamente inferior, tanto visualmente, quanto na jogabilidade, mas o que mais fazia falta era a falta de sangue, a versão do Mega ainda tinha um código para liberar o sangue e a violência, já a de Super Nintendo nem isso tinha (Nintendo e suas frescuras).

O jogo em si era até meio tosco, mais jogar Mortal era tão bom e divertido que o game se tornou extremamente popular a ponto de empatar e segundo alguns até mesmo ultrapassar o sucesso de Ryu e sua turma.

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Gráficos, violência e criação da ESRB.

Mortal Kombat chamava a atenção por duas coisas, a primeira era seus gráficos, o jogo não usava sprites desenhados a mão, como acontecia como os outros games da época, em vez disso Mortal usava atores digitalizados.

A fato de se usar atores digitalizados, deixava os jogadores com a impressão de estarem controlando pessoas de verdade, e não apenas personagens de um game, o que deixou o jogo bem mais realista.

Mas este qualidade gráfica, tida como realista para época nem foi o que mais chamou a atenção no game, o que mais atraiu a atenção dos gamers para o jogo, foi a imensa violência que o jogo possuía.

Além de ter sangue e bota sangue nisso, o game ainda tinha os Fatalities, golpes especial que matavam o adversário de forma cruel e sangrenta no final da luta, como atacando fogo ou arrancando a cabeça, por exemplo.

A violência do jogo não chamou a atenção somente dos jogadores, mas do governo americano também, que depois do lançamento de Mortal Kombat, criou o ESRB.

O ESRB, é o orgão responsável por classificar os games em faixas etárias, de acordo com seu conteúdo, algo parecido com o que acontece com os filmes.

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Jogabilidade e a mania de copiar.

O esquema do jogo era igual a de todo game de luta da época, você escolhia um lutador e ia derrotando os demais, até se chegar aos mestres, que eram bem mais fortes e apelões que os demais lutadores.

Ao se derrotar os mestres, você via o final do lutador que você estava controlando, simples assim, para falar a verdade nem tão simples assim, o jogo era meio difícil, era bem complicado vencer os lutadores comuns e chegar nos mestres, derrotar Goro e Shang Tsung, os mestres, então era quase impossível.

A jogabilidade era travada e até meio repetitiva, tirando os magias e os Fatalities, todos os lutadores tinham os mesmos golpes, a mesma rasteira, a mesma voadora enfim era praticamente uma copia.

Essa copia, acontecia até mesmo com os personagens, os criadores pegavam o mesmo sprite e apenas mudavam a cor, Scorpion e Sub-Zero que o digam.

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Sons e cenários.

As vozes do jogo eram muito boas, tanto a do narrador gritando Fight, Finish Him, Fatality, dentre outras coisas, quanto a dos lutadores com seus gritos de dor e com o que falavam ao soltar suas magias, duvido que exista algum jogador de Mortal Kombat que, nunca gritou Get Over Here, junto com o Scorpion.

Os cenários eram bem simples e até toscos, as músicas então nem se fala eram extremamente simples,  com o tempo chegavam a se tornar chatas e repetitivas.

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Veredicto.

Mortal Kombat era extremamente divertido e viciante, apesar de ser bem violento, era muito exagerado, o exagero no tanto de sangue, por vezes chegava a ser bem engraçado, recomendo muito que você jogue, se não gostar, no mínimo vai dar altas risadas.

Mas para falar a verdade, se não fossem os gráficos diferenciados, o sangue e os Fatalities, era bem capaz de o game ter passado desapercebido.

Se pararmos para analisar friamente, o primeiro Mortal Kombat era uma jogo de luta bem ruinzinho, com lutas repetitivas e lutadores completamente desbalanceados, só ficou assim, tão famoso, pois adicionou o sangue e a violência, coisas até então quase que inéditas nos games.

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Confira a galeria, clique nas imagens para ampliar.

Mortal Kombat veio para rivalizar com Street Fighter 2, trouxe, sangue e violência para os games, fez o governo americano criar a ESRB, orgão que classifica os games de acordo com seu conteúdo, o jogo era meio tosco mais, deu tanto o que falar que, virou um clássico instantaneamente.

6 comentários sobre “Review – Mortal Kombat

  1. O melhor review que li deste belo jogo.Só lembrando que Pit Fighter da Atari lançado 2 anos antes também tinha gráficos digitalizados e acabou passando batido.

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